por favor, vá até o final dessa janela e veja a arte que a Mia fez em comemoração ao um ano de inacentuado (:

domingo, 16 de maio de 2010

postagem 130

Era uma menina.

Em casa, uma poltrona confortável perto da janela. O espaço é pouco, mas bem aproveitado. A cama do lado da vidraça com uma visão para a cidade, que à noite era composta por luzes que se misturavam quase que armonicamente, fazendo tudo parecer mais familiar.
E havia um quarto especial, também. Nesse quarto, as paredes quase tocavam os livros, que elas preenchiam. Os sofás eram confortáveis, o cheiro era de literatura, amor, cuidado, fascinação.
Mais ideias, histórias e memórias enchiam aquele quarto do que ela podia imaginar a possibilidade de contar.

Às vezes chovia. Chovia torrencialmente, a ponto de quase imaginar os pingos de chuva pedindo cautelosamente para que você não saia de casa. Não, fique com sua cabeça encostada no vidro da janela. Fique, fique apenas observando nós, os pingos caírem, tocarem a sua cidade, deixarem sua janela mais gelada e cheia de bolinhas de água, mas não saia.
Não faça nada senão pensar enquanto nos vê, por favor.

Às vezes fazia sol. E os raios solares, que não eram muito perturbadores, a convidavam a abrir o pequeno guarda roupa de madeira escura e pegar o vestido verde, sair com ele junto ao seu corpo e andar nas ruas, nem que seja sobre os pneus de uma bicicleta, para observar a cidade iluminada, cheia de crianças que correm, vivendo as aventuras de uma idade que, se você não se lembra como é, nunca vai saber.
Eram bons os dias de sol também.

Às vezes o dia era nublado. Ah, como eram gostosos esses dias! A neblina a dizia, pela manhã: vamos querida, a temperatura caiu, vamos por aquele belo casaco cinza como o dia e sair para que o ar gelado acaricie o seu rosto e o vento brinque com o seu cabelo. Ou pegue um cobertor, e sim, vista as meias vermelhas, e não saia de dentro dos mesmos, pois a temperatura caiu. Não está um belíssimo dia hoje?

Geralmente nos domingos, ela não sabia como o tempo estava. Nem os pingos de chuva, nem os raios solares e nem a neblina falavam com ela. Apenas os livros falavam. Sua mente se dirigia à uma história e se concentrava nas palavras que lia e em qual posição passar no sofá.
Quando passava.

Às vezes parava e olhava para sua pequena casa. Como era simples e linda! Ela não podia reclamar. As coisas em seu lugar, como ela queria, as flores sorrindo para ela todos os dias e o cheiro da luz que entrava pela janela se misturando com o cheiro das paredes e das prateleiras nelas posicionadas, cheias de filmes, os que ela gostava.
Era meio bagunçada, mas era linda. Quando muita bagunça surgia, ela a arrumava, e continuava linda.
E como era lindo quando ela a saudava, nos dias em que a temperatura chegava abaixo de zero graus! A menina quase ouvia as paredes falarem: bem vinda, garota, bem vinda à sua casa quentinha. Podemos tirar o seu cachecol? Soltar o seu longo cabelo castanho e tirar os grossos casacos que você veste e o pesado sapato que usa? Venha, venha para debaixo das cobertas e tira uma soneca, pois não há nada melhor para fazer depois de um longo período de trabalho em um dia frio.

Também quando ficava frio ela fazia sopa. De legumes ou de feijão, ela adorava. E comia olhando para a janela, para a sua linda vista, a vista das luzes a noite, as luzes que eram uma cidade e que lembravam luzes de natal. Saberia o ser humano que habitava aquela pequena casa que a luz que ele usava parecia à menina com uma luz de natal? Duvido religiosamente.

Ela também escrevia, pensava, observava, cantava, dançava, conversava e concluía, às vezes com um suspiro e com um sorriso no rosto: como é boa a minha companhia!

-//-

Enfim, esse texto saiu do nada e eu comecei a devanear legal. Talvez tenha ficado um tanto esquisofrênico.

Nesse momento eu estou postando às... 23:38, horário de São Paulo.
Acho que estou ficando quente demais, já que a minha temperatura corporal normal é de 35 graus, então eu me sinto como se estivesse com febre.
Agora a minha cabeça começou a doer e eu to ficando com sono...
Caramba, acho que vou acabar ficando meio hipocondríaca.
Sério ._.

Então eu vou indo...

tá?

Dani.

Calófidãti quatro e parei.

Sua Daniela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário